domingo, 23 de junho de 2013

Capítulo 1: Uma difícil decisão.

Marina corria pela praia. Foi encontrar seu pai. Era o lugar onde os dois batiam papo todas as manhãs de domingo. Às vezes, apenas ficavam lado a lado, em silêncio, ouvindo as ondas baterem de leve na encosta.

Marina avistou seu pai. Assim que se aproximou, percebeu que seu Estêvão estava sério e triste.
-Que que houve amigo? – perguntou. Era assim que os dois se tratavam, quando um deles não estava bem.
-Hoje escrevi um e-mail, pedindo favor a um amigo. Acho que a resposta será positiva - respondeu ele.
-Então por que essa testa franzida?

Estevão virou-se para Marina e disse o porquê estava triste.
-Porque isso significa que vou me separar de você.
-Você não está falando sério, está?

-Eu sei o quanto vai me custar. Mas é preciso. Você está uma moça, minha filha.
Não tenho o direito de mantê-la aqui comigo a vida toda. Precisa estudar regularmente, ter amigos da sua idade. Por isso mandei esse e-mail ao Otávio, seu padrinho, perguntando se você podia ficar morando com eles durante o período escolar.
Marina engasgou:
-Eu não quero ir. Nunca nos separamos. Quero ficar com você.

Seu Estêvão deu um abraço em Marina:
-Vai ser difícil para nós dois. Pensei muito antes de me decidir a mandar aquele e-mail para Ilha Paradisíaca. Mas é o melhor para você. No começo será duro. Depois, quando estiver adaptada, verá que tive razão. Às vezes, penso que fui muito egoísta mantendo você comigo, todos esses anos.

Ela não aceitou o argumento:
-Eu sou feliz aqui com você. Vou me sentir perdida entre gente estranha, numa cidade grande. Você mesmo já disse que cidade grande e desumana. Nem atravessar a rua eu sei. Será difícil para seu amigo. E a família dele? Vão me estranhar.
-Eles são boas pessoas. Quando sua mãe morreu, foram bons para mim. Adriana tem mais o menos sua idade. Luís e um pouco mais velho. A caçula eu não conheço. E depois, é só no ano letivo. Nas férias você volta para casa.

Marina estava disposta a resistir. Ela não podia se imaginar longe dali. E muito menos longe do seu pai.
-Todo mundo vai rir do meu jeito. Vou incomodar os outros. A gente aqui em Appaloosa Plains vive de um jeito diferente da cidade. E você? Como é que vai ficar sozinho tanto tempo? Quem é que vai cuidar de você, quando adoecer?
-Eu me arranjo. A dona Regina continuará vindo todos os dias para limpar a casa, enquanto trabalho.
-E de noite?
-Peço a ela que deixe o tico dormir lá em casa. Você pode ir sossegada.
-Eu não quero ir!- ela já estava chorando.

O pai abraçou-a novamente. Mais forte dessa vez:
-É preciso, minha filha. Está decidido. Por mais difícil que seja para nós, é o melhor para você. O que podemos fazer é preparar a viagem e procurar aproveitar esses dias. Depois, teremos que esperar até junho.

Marina conhecia o pai para saber que a decisão estava tomada e era definitiva. Enxugou os olhos e perguntou:
-Quando tenho de ir?
-Na semana que vem, com a Laura. Até lá, o Otávio terá respondido meu e-mail.
-E se ele recusar? – havia esperança na voz dela.
-Tenho certeza de que não fará isso. Somos amigos. Embora tenhamos ficado todos esses anos sem nos ver, a amizade continua a mesma. Se não fosse assim, eu não confiaria você a ele.

 Agora chega de tristeza e vamos para casa almoçar.
Marina gostava do pai. Sabia que aquela atitude custara-lhe muito. Confiava inteiramente nele. Se dizia que era preciso, devia estar certo. Forçou um sorriso e procurou mostrar alegria pelo programa prometido. Appaloosa Plains era um de seus lugares favoritos. Gostava do seu jeitinho simples de viver.


Ai esta o primeiro capítulo da minha história. Espero que gostem!
Beijos
Marina

11 comentários:

  1. Adorei. Estou curiosa para saber oque vai acontecer.Na minha história a menina tbm é adolescente e tbm perdeu a mãe e vai para Ilha Paradisiaca!

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    1. De quanto em quanto tempo você vai atualizar?

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    2. Que bom que gostou!
      Bom se tudo vier a dar certo irei postar o 2° Capítulo, ainda hoje.
      Mais provavelmente serão postados os demais capítulos uma vez na semana, que será no domingo. Por falta de tempo no meio da semana.

      Bjs

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  2. Anônimo10:48:00

    Coitada da Marina! Não vai ser nada fácil ficar longe do pai!

    Seguindo.

    Beijo :*

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    1. Concordo plenamente, não será nada fácil para Marina, viver longe de seu pai.
      Obrigada por seguir. :)

      Bjs

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  3. Anônimo12:02:00

    Coitada da Marina :/ A minha criadora, a Juh, também viveu vários anos longe da mãe.

    É realmente terrível! E ainda mais porque a Marina perdeu a mãe...

    Bj

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    1. Pois é, Marina perdeu sua mãe, quando bem pequena.
      Agora viver longe de seu pai, não será nada fácil.

      Bjs

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  4. Oi florzinha!!!! Avisando que seu pedido de parceria foi aceito e já coloquei seu link no meu blog ^_^)~~ http://historias-sims3.blogspot.com/

    Um suuuper beijo e irei acompanhar do início sua história assim que puder*-*)~~

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    1. Oi Jessica! Obrigada querida!
      Espero ansiosa, para ver você aqui em meu blog, comentando minha postagens. rsrs :]

      Bjs

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  5. Crescer sem a mãe, e agora ter que deixar o pai não deve ser nada fácil.
    Mas será bom para o futuro dela. E é apenas por um ano. Um ano passa tãaaao rápido que talvez ela nem perceba.
    Ansiosa para conhecer a família do amigo do Estêvão.

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    1. Não e nada fácil mesmo, viu Cássia!
      Isso com certeza, ira ser bom para o futuro dela.
      Vamos ver o que acontecera em um ano né!?

      Bjs

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